Por Que Devemos Investir em Criptomoedas?
- Lucas Simon
- Criptomoedas
- 3 de fevereiro de 2025
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As criptomoedas revolucionaram o mundo financeiro, oferecendo uma nova forma de realizar transações e armazenar valor. Mas será que investir em criptomoedas é uma boa ideia? Neste artigo, vamos explorar os principais motivos que levam as pessoas a investir nesse mercado, além de discutir os riscos envolvidos.
O que são Criptomoedas?
Iniciaremos este artigo respondendo à seguinte pergunta, para que possamos entender a motivação por trás da existência das criptomoedas e, em seguida, nos aprofundarmos no Bitcoin. Criptomoedas são moedas digitais que utilizam criptografia para garantir dois aspectos cruciais:
- A segurança das transações
- A criação de novas unidades.
Para entendermos um pouco mais sobre a segurança das transações, precisamos voltar um pouco na história e falar sobre o escambo. O escambo era um sistema de troca direta de bens e serviços. No entanto, ele apresentava diversas limitações, como a dificuldade de encontrar alguém que tivesse exatamente o que você precisava, a dificuldade de avaliar as mercadorias, a falta de padronização e a impossibilidade de dividir alguns bens. Diante desses problemas, houve uma evolução do escambo (troca direta) para o dinheiro, que se tornou um meio de troca universalmente aceito, facilitando as transações e impulsionando o comércio. Sendo assim, a moeda digital, em sua essência, precisa ser segura e ter suas transações verificadas e validadas. Assim, teremos uma troca justa e correta entre indivíduos.
A criação de novas unidades, neste contexto de criptomoedas, surge para resolver alguns problemas do sistema vigente (moedas fiduciárias). O primeiro problema das moedas fiduciárias é que, após o acordo de Bretton Woods, o dólar deixou de ser lastreado em um bem físico (ouro) e, com isso, temos a dependência de um órgão governamental centralizador que define o valor do dinheiro (dólar). Se mal administrado, esse dinheiro tende a gerar inflação, corroendo o poder de compra dos indivíduos, gerar incertezas na economia, dificultando o planejamento financeiro, e está diretamente ligado a instabilidades políticas, dado que eventos políticos e sociais afetam diretamente a confiança na moeda. Logo, as criptomoedas descentralizadas, como o Bitcoin, nascem com o propósito de ser deflacionárias, solucionando alguns dos problemas anteriores e possuindo um limite máximo de 21 milhões de moedas produzidas, gerando escassez. Assim como o ouro, quanto mais escasso um bem, maior tende a ser seu valor. Ao limitar a quantidade de Bitcoins, os criadores da moeda visavam criar um ativo digital com valor intrínseco e resistente à inflação.
Após explicados esses dois conceitos básicos das criptomoedas, sabemos que elas devem, majoritariamente, não possuir nenhum órgão centralizador e tampouco estar sujeitas a qualquer outro órgão de regulamentação dito tradicional. Para que isso aconteça, é criada toda uma infraestrutura digital que não possa ser desligada, alterada e corrompida. E um dos itens principais para fazer isso acontecer é o blockchain.
Mas o que é blockchain?
Apesar de toda a engenharia computacional complexa e técnica por trás do blockchain, o princípio básico é muito mais simples do que se imagina: distribuição de cópias, ou, para melhor exemplificar, um livro, ou melhor ainda, um livro caixa público onde qualquer um pode ter uma cópia. Explicado o conceito básico, vamos detalhá-lo. Uma rede blockchain é formada por milhares ou até milhões de computadores independentes espalhados pelo mundo, cada um mantendo uma réplica exata desse banco de dados público, e cada informação adicionada é imediatamente transmitida a todos os membros (livro caixa) da rede, fazendo com que tenhamos uma “verdade” que jamais poderá ser corrompida: o que está registrado ali pode ser aceito por todos como verdade absoluta sobre um fato.
Para se ter uma noção da impossibilidade de se corromper algo que é amplamente distribuído, vamos usar como exemplo a Bíblia. Imagine um indivíduo ou órgão público que queira alterar partes da história contada e/ou adicionar outras partes do livro mais vendido do mundo. De fato, essa pessoa ou instituição poderia facilmente alterar a cópia do livro que está em suas mãos ou de uma pequena região, mas quão poderosa seria essa pessoa ou instituição para alterar todas as outras milhões de cópias espalhadas por todo o mundo? É simplesmente impossível.
Após entender esse conceito e aplicando-o às criptomoedas, uma pessoa poderá transferir um valor em Bitcoin diretamente para outra. E a cada registro efetuado, este será salvo nesse livro caixa público e aberto para que todos aqueles que estão nesse ecossistema possam vê-lo. Com isso, temos, esperamos, o conceito da blockchain explicado.
O que é Bitcoin?
Como citamos bastante sobre o Bitcoin temos que fazer uam breve explicação dele aqui. Futuramente teremos um artigo abordando detalhes dele mas como é um artigo introdutório não ha necessidade. Primeiramente precisamos entender que temos o Bitcoin com “B” maíusculo e temos bitcoin com “b” minusculo. O Bitcoin, como dito anteriormente é um ecossistema, composto por:
- nós (nodes): são softwares que mantêm os registros das transações validadas. Nossos livros caixas conforme o exemplo acima;
- mineradores: são softwares que processam as transações e são remunerados com os novos bitcoins (criação de moedas) e taxas voluntárias.
- usuários: são os individuos que utilizam o ecossistema através de um dinheiro chamado bitcoin, “b” minusculo, para enviar e receber transações.
Por que Investir em Criptomoedas?
O Bitcoin é uma moeda em franca ascensão que ainda não é aceita por todos os comerciantes, tornando seu uso atual voltado para a reserva de valor. Para entender melhor o Bitcoin, pense nele como um substituto ao sistema tradicional de pagamentos.
Menores custos de transação: Dado que não há um terceiro intermediário, as transações de Bitcoin são mais baratas e rápidas do que as feitas por redes de pagamentos tradicionais. Com a Lightning Network, um sub-sistema dentro do Bitcoin para aceitar transações com os Satoshis, os comerciantes locais podem aceitar Satoshis para pagamentos de seus produtos e serviços com maior rapidez.
Liberdade de uso e contra a opressão: O Bitcoin entrega acesso a serviços financeiros básicos onde os bancos tradicionais não têm interesse. Muitos países em estado de pobreza serão beneficiados pelo sistema Bitcoin. Sobre a opressão, o Bitcoin entrega liberdade e segurança quando governos e a “justiça” limitam, removem ou bloqueiam o seu poder financeiro através de alguma decisão que eles (governo) acreditem que é o certo.
Estímulo à inovação financeira: Uma das aplicações mais promissoras do Bitcoin é como uma plataforma à inovação financeira. Como bitcoins (token) são, em sua essência, simplesmente pacotes de dados, eles podem ser usados para transferir não somente moedas, mas também ações de empresas, apostas e informações delicadas.
Autocustódia: Através da autocustódia, o indivíduo se torna independente do sistema bancário tradicional, sendo detentor e responsável completo do seu dinheiro.
Deflação: Sabe-se que governos e bancos tradicionais podem criar dinheiro do nada. Com o Bitcoin é o contrário. Ou seja, é limitado a 21 milhões de unidades, sendo que está matematicamente programado para não ser criado após essa quantidade.
Descentralização: Acesso global de qualquer lugar onde possua internet. Não há um órgão centralizador que possa regular ou desligar o Bitcoin a nível mundial.
Conclusão:
Investir em criptomoedas pode ser uma oportunidade interessante no cenário atual, considerando as crises políticas entre países e os problemas financeiros gerados por essas mesmas lideranças. É crucial deixar claro que o Bitcoin é uma ferramenta que deve ser utilizada com cautela pelo investidor. Não aloque todo o seu patrimônio nesse sistema esperando enriquecer de forma rápida, ainda mais em um mercado que é extremamente volátil. Faça uma gestão de risco e diversifique seus investimentos, e não delegue responsabilidades a terceiros. Você é o único responsável pelo seu dinheiro!